A Cajaty Soluções Ambientais

Este Blog, tem como objetivo trazer novidades sobre o nosso trabalho, fotos, tecnologias, projetos, bem como notícias que dizem respeito às demandas de nossos clientes - leis e suas aplicações, novas tecnologias e demandas do mercado ambiental brasileiro.

Sendo assim, visite sempre nosso blog, e boa leitura!!!
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Feam divulga inventários de resíduos sólidos Industriais e da Mineração

A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), entidade que integra o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), divulgou nesta quinta-feira (01/12) os Inventários de Resíduos Sólidos Industriais e da Mineração. Os relatórios fazem parte das Declarações Ambientais apresentadas por 286 empresas do setor minerário e 456 empresas da indústria no ano de 2010. 

Diferentes dos anos anteriores, neste ano foram elaborados dois inventários distintos, um para os resíduos gerados pela indústria e outro para os resíduos minerários. A realização dos Inventários faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos e cumpre a Resolução Conama 313/2002. “Dessa forma, Minas Gerais é o único estado brasileiro que cumpre a determinação do Conselho Nacional de Meio Ambiente”, ressalta Brandão. 

De acordo com o Gerente de Resíduos Industriais e da Mineração da Feam, Renato Teixeira Brandão, os Inventários são ferramentas necessárias para avaliar o cenário dos resíduos sólidos em Minas Gerais, podendo contribuir também para o planejamento e gerenciamento desses tipos de resíduos no estado. “É um retrato do que acontece na gestão de resíduos e serve muito para definir as prioridades com relação a eles”, disse.

Por meio do Inventário tem sido possível também definir os principais focos de ação no que se refere ao investimento em projetos para se buscar alternativas de destinação desses resíduos, principalmente os industriais, evitando ao máximo sua disposição final em aterros. Vários projetos nesse sentido têm sido desenvolvidos pela Feam como, por exemplo, os projetos fosfogesso, Escória de Aciaria e areia de fundição, todos voltados para a reutilização desses resíduos de forma a agregar valor aos mesmos. 

Resíduos Minerários

O levantamento dos resíduos minerários, considerando o ciclo de 12 meses para empreendimentos de classe 5 e 6, apresentou a geração de 484,327 milhões de toneladas de resíduos provenientes das empresas de mineração. Os 10 resíduos mais gerados foram: “Outros”, sucata de metais ferrosos, resíduos de restaurantes, resíduos minerais não metálicos, resíduo de papel/papelão e plástico, sucata metais não ferrosos, resíduo de madeira contaminado e não contaminado, resíduos sanitários, óleo combustível usado, resíduos sanitários e resíduos pastosos contendo calcário. 

Para a realização do Inventário de Resíduos Minerários foram consideradas cinco tipologias: lavra subterrânea, lavra a céu aberto, extração de areia, cascalho e argila para utilização na construção civil, extração de água mineral ou potável de mesa e unidades operacionais em área de mineração, inclusive unidades de tratamento de minerais. A maior concentração de resíduo está na tipologia Lavra a céu aberto, representando 84,27% do total de empresas.

Resíduos Sólidos Industriais

Já no inventário de Resíduos Sólidos Industriais, 456 empresas cadastraram suas informações no Banco de Declarações Ambientais (BDA) da Feam.  Foram consideradas 26 tipologias, sendo que a maior parte delas é de Siderurgia com Redução de Minério e Indústria de Produtos Minerais não-metálicos. 

O total de resíduos gerados pela indústria foi de 96,349 milhões de toneladas, sendo 97,83% de classe II (não-perigosos) e 2,17% de classe I (Perigosos). Os 10 resíduos mais gerados foram rejeito de beneficiamento mineral, vinhaça, bagaço de cana, outros resíduos não perigosos, escória de alto forno, fosfogesso, resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/ produtos não perigosos, Escória de Aciaria, Sucata de Metais Ferrosos e Estéril.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pensamento Sustentável

Listas de livros imprescindíveis: os Top 25 da WiseEarth


(1)    Biomimetismo, Janine Benyus (2003)
(2)    Confissões de um Industrial Radical, Ray Anderson (2009)
(3)    Do Berço ao Berço, William Mc Donough e Michael Braungart (2002)
(4)    Capitalismo Natural, Paul Hawken, Amory e Hunter Lovins (2000)
(5)    Primavera Silenciosa, Rachel Carson (1962)
(6)    Estratégia para a Sustentabilidade, Adam Werbach (2009)
(7)    A Economia Verde, Joel Makower (2009)
(8)    Indicadores de Sustentabilidade: Medindo o Imensurável?, Simon Bell e Stephen Morse (1999)
(9)    Valor Sustentável, Chris Lazlo (2008)
(10)    A Ecologia do Comércio, Paul Hawken (1994)
(11)    O Fim da Natureza, Bill McKibben (1989)
(12)    O Colar da Economia Verde, Van Jones (2008)
(13)    The Natural Step for Business, Brian Nattrass e Mary Altomare (1999)
(14)    A vantagem da Sustentabilidade, Bob Willard (2002)
(15)    Tripple Bottom Line, de Andrew Savitz e Karl Weber (2006)
(16)    A verdade sobre o Green Business, Gil Friend, Nicholas Kordesch e Benjamin Privitt (2009)
(17)    Walking the Talk, Chad Holliday, Stephan Schimidheinny e Philip Watts (2002)
(18)    Capitalismo: Como se o Mundo Importa, Jonathon Porrit (2005)
(19)    Colapso, Jared Diamond (2005)
(20)    Criando um Negócio Social, Muhammad Yunus (2009)
(21)    Prosperidade sem Crescimento, Tim Jackson (2009)
(22)    O Zeedbook: Soluções para um Mundo Cada Vez Menor, Dunster, Simmons & Gilbert (2007)
(23)    Plenitude: a Nova Economia da Verdadeira Riqueza, Juliet Schor (2010)
(24)    Plano B: 4.0, Lester Brown (2009)
(25)    Permacultura, David Holmgren (2001)


domingo, 27 de novembro de 2011

Apoio ao 2° Festival Ambiente Vivo da Lapinha da Serra



Nos dias 02 a 04 de Dezembro o Centro Cultural Ambiente Vivo e o Instituto de Permacultura Ecovida São Miguel irão realizar o 2º FESTIVAL CULTURAL AMBIENTE VIVO, no vilarejo da Lapinha da Serra, localizado no município de Santana do Riacho – Serra do Cipó.

Em 2010, o 1º Festival realizou em torno de 20 Oficinas, Mostra de Vídeos, apresentação de grupos artísticos locais (Batuque, Sambado, Vilmar Lapinha, Coral e Grupo de Teatro) e de Belo Horizonte. Este ano, a programação de oficinas e apresentações artísticas está sendo fechada e promete muita coisa boa!
Todas as pessoas que trabalham para que esse Festival aconteça o fazem de forma voluntária.

É por isso que publicamos o projeto 2º FESTIVAL CULTURAL AMBIENTE VIVO em uma rede de crowdfunding e estamos em busca de todo tipo de apoio para a realização!

Clicando nesse link http://www.lets.bt/project/2-festival-ambiente-vivo-1 você chega até a página do projeto, e nela você pode se informar sobre o festival e fazer uma doação para ajudar (e muito) a realização desse projeto na Lapinha. Todo o dinheiro arrecadado será investido em Alimentação - Gasolina e Transporte - Hospedagem da equipe - Impressão de material gráfico - Materiais para oficinas.
É muito fácil fazer a doação galera! Qualquer quantia é válida!

Apenas 1 semana para arrecadar o dinheiro de apoio! Ajude nessa missão!

Confira o projeto, espalhe para sua rede de contatos, publique nas redes sociais, apoie o festival e se possível ajude com uma doação! Você pode ajudar com qualquer quantia e também na organização de outras formas!

É só entrar em contato através do e-mail ecovidacultura@gmail.com ou pelo telefone             (31)32415880  / 94530404 (Augusto).

Com a participação de todos nós, por mais singela que for com certeza esse Festival será ainda mais especial!

Mais informações:
http://ecovidasaomiguel.org/
Facebook: Instituto EcoVida São Miguel

domingo, 18 de setembro de 2011

Bio Construção - Tijolo de solocimento

No pequeno vilarejo do Pompéu em Sabará - MG, aos pés da majestosa Serra da Piedade com uma biodiversidade de fauna e flora caracterizados pelo bioma de Mata Atlântica, esconde um lugar pacato onde cada vez mais pessoas o procuram para sair da loucura das grandes cidades.


O proprietário,  preocupado com os impactos gerados na sua construção, procurou minimizar de forma a utilizar técnicas de Bioconstrução, podemos visualizar a utilização de tijolos de solocimento que é um material alternativo de baixo custo, obtido pela mistura de solo, cimento e um pouco de água, em proporções adequadas. No início, essa mistura parece uma“farofa” úmida e que, após compactação e cura, ela endurece e com o tempo ganha consistência e durabilidade suficiente para diversas aplicações no meio rural e urbano. Outro fator importante a ser lembrado que tanto a parte elétrica como a hidráulica ficam embutidas no cimento, evitando cortes nas paredes e menores gastos com materiais e mão de obra.







Outros elementos serão incorporados à obra, como por exemplo o fechamento na frente da construção feito por dormentes antigos, dando um charme e durabilidade a obra.







Bioconstrução - Cada vez mais no gosto e também alternativa na construção civil

Em Sabará, relíquia histórica de Minas Gerais e do Brasil, com grandes atrações turísticas e ecológicas, a cidade cada vez vem sofrendo mais com o crescimento desordenado. 
Preocupados cada vez mais com estas pressões sobre o meio natural, as técnicas convencionais de construção civil vem dando lugar a técnicas de Bioconstrução visando minimizar os impactos ambientais provocados pelo uso de materiais madeiras, tijolos, revestimentos, coberturas na construção de casas e outras edificações.


A Cajaty Soluções Ambientais, vem contribuindo para a aplicação destas técnicas dando suporte aos projetos à serem implantados, visando a sustentabilidade da construção não só ao que se refere ao emprego de materiais de reuso ou reciclados, mas também na concepção de dispositivos e elementos que contribuam para os aspectos de minimização de lixo, da reutilização de água, do conforto térmico da construção, da utilização de coberturas verdes, utilização de energias renováveis dentre outros aspectos.


Há uma crescente na demanda e na aplicação destas técnicas, uma vez que há uma crescente na utilização de recursos naturais e ainda, aliamos o baixo custo no emprego destas técnicas, garantindo assim uma melhor qualidade de vida.


Alguns trabalhos em parceria com a Cajaty Soluções Ambientais

Técnica de bambú a pique - Memorial à Mineração - Trilha do Ouro - Parque Natural Municipal Chácara do Lessa - MG






Fossa Séptica Econômica

Uma das grandes preocupações com relação ao uso da água e exatamente o seu descarte. A utilização de água em nossas atividades cotidianas, faz com que sejamos responsáveis por grande parte da poluição despejada através dos efluentes domésticos que geramos ao lavar a roupa, dar uma descarga, lavar a louça...


A utilização de mecanismos e processos que melhorem a qualidade da água antes de ser descartada é um bom começo para darmos nossa contribuição com relação a minimização destes impactos ambientais. 







A construção de fossa séptica está cada vez mais sendo utilizada, pois se trata de um sistema com de materiais de baixo custo e reutilizáveis como bombonas e outros dispositivos além do simples processo de montagem, podemos realizar um tratamento da água negra (esgoto) com níveis baixos de poluentes antes de serem lançados na rede de esgoto ou em córregos e rios. 

II Olimpíadas Ambientais - Centro Pedagógico Novo Mundo


 CAJATY E A BUSCA POR UM NOVO MUNDO

A cada dia o planeta Terra mostra a necessidade de termos atitudes responsável com seus recursos naturais. Pensando no agir, o Centro Pedagógico Novo Mundo, em parceria com a Cajaty Soluções Ambientais e a ONG Leão, realizará o projeto “II Olimpíada Ambiental”. O objetivo do projeto é oportunizar alunos, pais e responsáveis a uma Educação Ambiental emancipatória capaz de sensibilizar e conscientizar aos mesmos à prática para o desenvolvimento sustentável.

As equipes Água, Ar, Fogo e Terra terão pela frente um grande aprendizado lúdico e pedagógico sobre a natureza. Garantir o futuro do planeta não é apenas responsabilidade de órgãos públicos, tudo e todos são co-responsáveis em preservar o meio ambiente.

Para Maria das Graças, Diretora do Centro Pedagógico Novo Mundo, o projeto é uma oportunidade de inserirmos a temática ambiental no plano curricular de nossas crianças. “Acreditamos que pequenas ações como plantio de árvores, separação do lixo, podem de certa forma contribuir e muito com a vida. As escolas também podem contribuir e muito para a questão ambiental”, diz a Diretora. Ao longo de três meses, setembro, outubro e novembro, atividades como Coleta Seletiva, Soletrando Ambiental, Plantio de Mudas, Oficina de materiais reaproveitados fará parte do dia-a-dia da escola.

Envolva e contribua você também nas atividades ecosustentáveis do Centro Pedagógico Novo Mundo. Com a II Olimpíada Ambiental todo mundo sai ganhando, você, sua escola e o planeta Terra. Um grande aprendizado nos espera!!!

Contato do Centro Pedagógico Novo Mundo - Sabará / MG

Rua Dr Mário Sepúlveda, 80 Centro - Tel: (31) 3671-2113 - CEP: 34.505-840

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Projeto Taquaras - Construção de forros em bambú






Nova Sede


No intuito de atender cada vez melhor seus clientes, A CAJATY SOLUÇÕES AMBIENTAIS está de casa nova. Localizada à Rua D. Pedro II, 239, sala 09, no Centro Histórico de Sabará, a apenas 22 km da capital mineira.


Nosso viveiro florestal situa-se em Itabira - MG, oferecendo mudas de qualidade superior para formação de Projetos em Silvicultura (Eucalipto Clonal) e de Espécies Nativas para recuperação de áreas degradadas, adequação de propriedades rurais.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Projeto Taquaras - ONG Leão

PROJETO “Artesanato da Taquara – A Esteira”  
Resgate de técnicas e utilização de bambú

A Taquara é uma planta da família graminae, muito conhecida também como um tipo de bambu, planta nativa da Ásia, mas muito ocorrente no Brasil. Pode ser encontrada em regiões úmidas, protegidas do sol e até mesmo inóspitas. Possui muitas utilidades, como no artesanato, na alimentação, na construção civil ou mesmo no uso medicinal.
Nesta proposta, a Taquara será utilizada para confecção de esteiras, artefatos utilizados como forros internos de casas coloniais ou outros subprodutos, como cestas, objetos decorativos, vasos de planta, aparadores e suportes para vários objetos.
Em Sabará, o bairro do Pompéu, localizado em uma região rural do antigo Distrito Mestre Caetano, a 3 kms. da sede, possui extensa área verde e tradição na culinária local. Além disso, possui história de produção de artefatos a partir da Taquara, como conta o Sr. Wilton, artesão morador do bairro: “Meu pai já fazia esteira há mais ou menos 60 anos atrás, ele ensinou pra meu irmão e eu aprendi com ele, há mais ou menos 30 anos atrás e estamos aqui até hoje”.
Buscando resgatar e valorizar a produção do artesanato a partir da Taquara no município, este projeto consiste no repasse das técnicas da produção de esteiras a jovens e adultos da comunidade de Sabará.

O projeto “Artesanato da Taquara – A Esteira” será executado em 05 meses, a iniciar em junho de 2011 e se divide em 03 etapas: a preparação, a realização do curso e o fechamento final; sendo a primeira com 01 mês e as duas etapas subseqüentes, cada uma delas com 02 meses de duração.
O curso foi dividido em módulos teóricos e práticos. Para sua realização, a segurança dos participantes é algo que foi estabelecido como prioritário, tendo em vista a natureza dos equipamentos utilizados na coleta e tratamento da planta. Outro ponto de grande valor é o conhecimento das características e propriedades naturais da planta, os quais também serão repassados durante o curso bem como as corretas técnicas de colheita visando uma extração sustentável da planta.
Os módulos práticos serão repassadas pelo Sr. Wilton, tradicional artesão do bairro Pompéu; e a parte teórica, será repassada por consultoria especializada Cajaty Soluções Ambientais, bem como a supervisão da segurança do trabalho.
Os 02 meses finais serão destinados à recuperação de conteúdo e certificação dos participantes, apresentação dos resultados à comunidade e prestação de contas.
Os participantes serão avaliados na prática durante a execução do curso e através de uma “prova” teórica ao final. Somente com a aprovação final irão receber a certificação.
Os resultados do trabalho dos artesãos serão também, divulgados nos meios de comunicação locais.
Na intenção de oferecer alternativas para a continuidade do trabalho e a transformação da técnica em oportunidade de geração de renda, as ferramentas, materiais e equipamentos de segurança utilizados na prática serão mantidos de posse da ONG Leão para que sejam aproveitados na segunda etapa do Projeto, a ser proposta em 2012, cujo objeto será a formação de um grupo produtivo para a criação de uma possível cooperativa.
Da mesma forma, após terminado o curso e até que seja iniciada a segunda etapa, os participantes serão incentivados a utilizar o Parque Natural Municipal Chácara do Lessa – sem, no entanto, comercializar qualquer produto - como “laboratório”, a fim de desenvolverem suas técnicas e estabelecerem uma relação mais estreita no grupo, condições básicas para a formação futura de um grupo produtivo e organizado. Esse “laboratório” será incentivado até a proposição para a formação de um grupo de produção e/ou comercialização cooperada no futuro, como próxima etapa deste projeto, a ser desenvolvida no ano de 2012 a partir do interesse do próprio grupo e com o empenho desta entidade.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Novo Código Florestal - O que está em jogo

A primeira versão do Código Florestal foi aprovada em 1934. A lei foi pensada por naturalistas e pessoas que, mesmo naquela época, tinham ampla visão da importância das florestas. O código surgiu com o intuito de racionalizar o rápido processo de derrubada das florestas nativas, para garantir reservas de lenha – como é alegado –, mas também para preservar as fontes de água, o regime de chuvas e evitar a ocupação de áreas de risco.
Mesmo com a atualização em 1965, a lei ainda tem sua concepção inalterada, embora vários de seus instrumentos tenham sido aprimorados. Desde a década de 1930 – governo de Getúlio Vargas - já havia a obrigação de se preservar as beiras de rio, os topos de morro, as encostas íngremes e de manter uma parcela da vegetação nativa existente no imóvel (que era de 25% à época), excluídas as áreas de domínio público, que tinham regras diferentes). Com o aprimoramento da legislação, as áreas a serem protegidas nas propriedades passaram a se chamar: Áreas de Preservação Permanente – APP e Reserva Legal – RL.
Apesar de antiga, ela não é uma lei velha. Também não é uma lei equivocada em seus princípios, como vem sendo difundido por determinados setores da sociedade. Independente das razões determinantes que guiaram os políticos da década de 1930 a aprová-la, a ciência já demonstrou que a manutenção de parcelas de vegetação natural na paisagem rural é fundamental – e mesmo urbana - para garantir a conservação da biodiversidade e a continuidade na oferta de serviços ambientais básicos, como a ciclagem da água, de nutrientes, do carbono, a contenção de ventos, a existência de polinizadores, o controle de pragas, dentre outros.
Além disso, é o Código Florestal a única lei nacional que veta a ocupação urbana ou agrícola de áreas de risco, como é o caso de encostas íngremes, áreas alagadiças ou sob a influência de dunas. Tragédias como as recentemente ocorridas no Vale do Itajaí (SC) e Rio de Janeiro (RJ), com mortos e prejuízos decorrentes de deslizamentos e enchentes, poderiam ser evitadas se a lei fosse cumprida. E se ela deixar de existir, os problemas seguramente se multiplicarão.

Os ruralistas contra a lei

Apesar de ser uma lei importante para a sociedade, há uma imensa pressão de parte do setor agropecuário por sua modificação. A razão da insatisfação é que, após muitas décadas de esquecimento, ela começou a ser aplicada. O pressuposto de que a conservação de florestas é algo que interessa à sociedade, expresso logo no primeiro artigo da lei de 1934, é atualizadíssimo. Mas então, qual o problema? Por que tanta pressão para modificá-la?
Não há mais como fingir que ela não existe, pois não só os órgãos de fiscalização estão mais eficientes, como o próprio mercado (leia-se os consumidores) está começando a exigir que a produção agropecuária cumpra uma lei que é de interesse de toda a sociedade.
Com a edição, em 2008, de um conjunto de medidas voltadas à implementação da lei, algumas lideranças do campo, capitaneadas pela Confederação Nacional da Agricultura – CNA e com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária – pasta loteada para a ala "ruralista" do PMDB - passaram a pressionar por sua revogação. Mas eles não jogam às claras e não falam nesses termos. Alegam que a lei é ultrapassada, que não tem base científica, que é impossível de ser aplicada e que atrapalha o desenvolvimento do país.
Algumas de suas propostas são:
  • ampla anistia a ocupações ilegais, inclusive em áreas de risco;
  • a compensação de RL a milhares de quilômetros da área onde originalmente deveria estar;
  • o fim de qualquer tipo de proteção a encostas e topos de morro;
  • a possibilidade dos estados diminuírem (jamais aumentarem) a proteção às matas ciliares;
  • o aumento do desmatamento permitido na Amazônia, dentre outras propostas que, por se basearem em interesses setoriais imediatistas, vão na contramão da história e atentam contra os interesses de toda a sociedade, inclusive dos produtores rurais.
Em 2009, a Câmara dos Deputados criou uma comissão para analisar propostas de modificação no Código Florestal. Tendo uma maioria de deputados ruralistas, ela analisa projetos que pretendem modificar não só a lei florestal, mas vários dos principais instrumentos da política ambiental brasileira, dificultando a criação de novas áreas protegidas e criando a figura do "licenciamento ambiental automático" para obras de significativo impacto ambiental.
Após a realização de algumas audiências públicas pelo país - em sua grande maioria organizada por sindicatos ou organizações alinhadas à CNA – a comissão pode votar uma proposta antes do recesso legislativo de 2010. Pela parcialidade das audiências (análise do Greenpeace sobre as audiências), pelos posicionamentos públicos do relator, Deputado Aldo Rebelo (PcdoB/SP) e pela composição da comissão, há um ameaça real de que possa vir a ser aprovado um projeto que retroceda em muitas décadas os padrões de proteção às florestas brasileiras. (Veja matéria do Jornal Valor Econômico)

Qual o problema com o Código Florestal?

O Código Florestal sempre foi uma lei à frente de seu tempo. Por isso foi historicamente desrespeitado não só pela sociedade, mas pelo próprio Poder Público, que muitas vezes financiou e incentivou atividades que, a rigor, eram ilegais. Por isso hoje há um número significativo, mas ainda não adequadamente dimensionado, de imóveis rurais que estão em desconformidade com a lei e essa é a fonte de toda a revolta.
Mas ao contrário do que afirmam os ruralistas, simplesmente esquecer o que aconteceu e, com uma canetada, regularizar todas as ocupações ilegais hoje existentes, não é a medida mais responsável, embora seja a politicamente mais tentadora. Aceitar as propostas de anistia significa condenar regiões inteiras à permanente falta de água nas épocas de estiagem, a chuvas descontroladas na época mais úmida, aos extremos de temperaturas, à desertificação, à extinção da biodiversidade, aos deslizamentos mortais, às enchentes catastróficas. São eventos que já estão acontecendo em nosso país e cuja reversão passa, dentre outros, pela aplicação do Código Florestal. Sem ele não há como recuperar a Mata Atlântica, hoje restrita a menos de 7% de sua cobertura original e nem como estancar o desmatamento na Amazônia, que ainda tem 80% de sua cobertura conservada.
Está claro, no entanto, que não basta apenas a aplicação de multas e um aprimoramento na fiscalização para que grande parte dos produtores rurais regularize sua situação. Isso é necessário, mas não suficiente. Por isso várias organizações preocupadas com o problema vêm trabalhando pela implementação de incentivos à aplicação da lei (Conheça as propostas do movimento socioambientalista). É fundamental que as políticas de apoio à atividade agropecuária passem a incentivar a implementação da legislação florestal, não só oferecendo crédito para a recuperação, mas sobretudo premiando, de diversas formas, aqueles que cumprem rigorosamente a legislação.
Com políticas de apoio, seria muito mais simples aplicar a lei. Mas é importante também capacitar os órgãos ambientais e agrícolas para que saibam orientar o proprietário rural a como bem cumpri-la. Hoje há uma série de atividades que já são permitidas pela legislação mas que poucos sabem e muitas outras questões podem e devem ser resolvidas por boas regulamentações da lei, não necessariamente por outra lei.

Aperfeiçoar, sempre

Isso não quer dizer que a lei não possa ser aperfeiçoada. Pode. Diversas propostas já foram apresentadas, inclusive por organizações ambientalistas (link para propostas). Criar metas de conservação por bacias hidrográficas, por exemplo, é uma delas. Um bom planejamento da paisagem poderia indicar áreas onde é melhor preservar ou recuperar florestas, usando inclusive mecanismos de compensação, do que manter uma agropecuária de baixa produtividade. Num contexto de aprimorar a lei para melhor aplicá-la, inclusive algumas flexibilizações seriam aceitáveis. Mas não é isso que as propostas de alteração feitas pelos ruralistas e que serão votadas na comissão especial querem e seus membros sequer se dispuseram a ouvir essas propostas. Objetivam apenas anistiar os usos irregulares. E ponto.

Modernizar sim, retroceder jamais

Diante da iminência da aprovação de propostas retrógradas e corporativas pelo Congresso Nacional, é fundamental que a sociedade civil se mobilize. Escreva um email para os parlamentares dizendo: Não queremos mais desmatamento no Brasil.